Mostrando postagens com marcador Molion. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Molion. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Interromper a expansão da área cultivável; verde como a nova cor do comunismo

CO2: Brasil não cumpre o impossível,
mas ambientalistas querem mais e pior!

Inútil: John Kerry, Secretário de Estado da administração Obama assina demagogicamente o Acordo de Paris. O presidente Trump anulou tudo.
Inútil: John Kerry, Secretário de Estado da administração Obama
assina demagogicamente o Acordo de Paris. O presidente Trump anulou tudo.
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs








O Brasil está longe de cumprir as metas climáticas que impôs a si mesmo no âmbito do Acordo de Paris e caminha na contramão das políticas climáticas implementadas na era petista, reconheceu a‘Folha de S.Paulo’.

Em Paris, a então presidente Dilma Rousseff prometeu demagogicamente que o País reduziria em 37% as emissões de CO2 – o bicho papão do aquecimentismo climático – até 2025.

Mas essas subiram 8,9% só em 2016 tornando ainda mais inverossímil a espalhafatosa meta. Isso obviamente preocupa às organizações e militantes verde-vermelhos que agitam o inexistente fantasma das “mudanças climáticas”.

Eles exigem mais rigor estatista para estrangular mais o País implementando a irreal agenda ambiental prometida em Paris.

Neste blog tivemos repetidas ocasiões de mostrar que a meta apresentada pela heroína climática petista era uma fantasia irrealizável.

Porém, ela escondia um objetivo encravado no coração petista: arruinar o Brasil paralisando sua indústria e seu agronegócio para “salvar o planeta”. Isso deveria levar a um miserabilismo de tipo cubano.

Reprimir as emissões de CO2, o gás da vida, não influiria nada no clima, como foi de mostrado pelos melhores cientistas do País na matéria. Veja embaixo por exemplo as declarações do Prof. Luiz Carlos Baldicero Molion, lá em 2010!, sobre o assunto.

Acresce que para atingir a fabulosa proporção de - 37%, as esquerdas e os ainda mais radicais militantes ambientalistas sonhavam com medidas socialistas ditatoriais.

Essas deviam interromper a expansão da área cultivável – e se possível reverte-la – ferir o coração energético da atividade industrial e condenar os cidadãos a andar só de transporte público – dono de carro seria tido como bandido – e idealmente passar à bicicleta como na China de Mao Tsé Tung.

O gado é indiciado como mais um culpado do aquecimento global!!! Metas do acordo de Paris são absurdas
O gado é indiciado como mais um culpado do aquecimento global!!!
Metas do acordo de Paris são absurdas
Ou, ainda mais virtuosamente se adaptar a uma choça indígena primitiva para evitar o aquecimento que transformaria a Terra num planeta ardente e desértico.

Hoje figuras emblemáticas do PT e de seu esquema de corrupção estão às voltas com a Justiça.

E, no âmbito internacional, a saída dos EUA do ruinoso acordo parisiense jogou uma paulada de cal nele.

Se os EUA ficam de fora, muitos outros países já deixaram entender que não levarão a sério o que assinaram. O Acordo de Paris ficará tão oco como o Protocolo de Kyoto que pretendia substituir.

A vida normal falou: a meta ideologicamente enviesada é inatingível e a emissão de gás da vida aumentou naturalmente em 8,9%.

Mas a confraria ecolo-anarquista parece cega. Em vez de sossegar e criar juízo volta à carga com mais propostas no sentido do acordo hoje semi-morto.

Esperneiam contra a medida provisória 795 em andamento no Legislativo, que concede incentivos fiscais ao setor de óleo e gás, máximo demônio capitalista emissor de CO2 no mundo

Para Viviane Romeiro, do WRI (World Resources Institute) o Plano Decenal de Energia (PDE) mostra que o governo brasileiro desconhece as agendas de clima. E isto, na linguagem da confraria verde, é crime contra o planeta.

Segundo ela, o Brasil não só não cumpre o que prometeu no Acordo de Paris, mas nem mesmo as promessas anteriores previstas na Política Nacional de Mudança do Clima.

Repetimos: são impossíveis de serem cumpridas porque ideologicamente enviesadas e contrárias à natureza.

Ativistas profissionais tentaram sem resultado reverter a frustração da COP23 em Bonn. Fanatismo ecolo-comunista não pretende abandonar exigências insensatas.
Ativistas profissionais tentaram sem resultado reverter a frustração da COP23 em Bonn.
Fanatismo ecolo-comunista não pretende abandonar exigências insensatas.
O WRI pede uma montanha faraônica de reformas para enforcar os satanizados emissores de CO2, e enforca-los para sempre.

Nesse sentido, há burocracia e mais burocracia que ainda não saiu do papel, deplora o WRI.

Toda espécie de instrumentos financeiros, comitês interministeriais, Fundos, Programas e Planos, reforma agrária de cunho ecológico e miserabilista aguarda uma faraônica concretização.

Tudo, em poucas palavras, para sepultar embaixo de uma pirâmide de controles a todos e cada um dos brasileiros.

Desde as altas finanças até o camponês em contato com a terra, passando sem perdoar pelos aspectos mais miúdos da vida quotidiana.

O ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, espalha otimismo sobre os “avanços” obtidos na COP-23 do Clima embora tenha sido realizada em Bonn em novembro de 2017 num clima de frustração pela ausência dos EUA.

Enquanto o ministro discursava no evento, foi aprovado o PLANAVEG, que prevê restaurar 12 milhões de hectares de florestas. Leia-se tirá-las da civilização.
https://www.youtube.com/watch?time_continue=5&v=9n35BcGny30

CO2 e mudança climática: mitos refutados -Molion

https://ecologia-clima-aquecimento.blogspot.com.br/2018/01/co2-brasil-nao-cumpre-o-impossivel-mas.html

quinta-feira, 12 de julho de 2012

"A mentira dos CFCs & camada de ozônio"

Entrevistado: Professor Molion
Entrevistador: Professor Fendel


Fendel: Meu caro Professor Molion, mais uma vez tenho a honra de lhe perguntar e sanar algumas dúvidas, desta feita sobre mais uma mentira global, no que diz respeito à ação humana frente ao buraco da camada de ozônio. Como é essa estória?

      Molion: Em 1960, o cientista britânico Sir Gordon Dobson escreveu em seu livro que o "buraco" na camada de ozônio (O3) sobre a Antártica era natural. Dobson não usou a expressão "buraco" e sim "anomalia". Quem usou o termo pela primeira vez foi Richard Penndorf, dos Laboratórios de Pesquisas da Força Aérea em Cambridge, EEUU, em 1950, quando analisou o período 1926-1942 de dados da estação de Tromsö, Noruega. Ele notou registros de concentrações de O3 de valores tão baixos quanto 50 Unidades Dobson (UD) e uma grande variabilidade diária, com um fator quase dez (1000%) entre o máximo e o mínimo registrados naquele período. A expressão, porém, só ficou famosa após 1985, quando o cientista britânico J.B. Farman, e seus colegas do British Antarctic Survey, publicaram um trabalho sobre as anomalias do O3 na primavera austral. O buraco é causado pelas condições climáticas especiais da Antártica, fato já conhecido por Dobson em 1958, e pela presença, na estratosfera antártica, de aerossóis vulcânicos, contendo cloro, fluor e bromo, liberados pelos 12 vulcões ativos que existem naquele continente. Só o Monte Erebus, em atividade há mais de 100 anos e com três crateras a uma altitude de 4 mil metros , praticamente na entrada da estratosfera, emite,em média, por ano, 60 vezes mais cloro que a emissão dos CFC. Durante o inverno, com a noite polar, a produção fotoquímica de O3 é interrompida, pois esta precisa da radiação ultravioleta (UV) do Sol para se realizar. Intensifica-se, também, vórtice circumpolar, que são ventos superiores a 150 quilômetros horários que circundam o continente antártico, da superficie até a estratosfera, e isolam sua atmosfera do resto do Planeta, reduzindo as trocas gasosas, em particular a entrada de ozônio, uma vez que a maior parte do O3 existente na estratosfera polar é produzida na região tropical e transportada para lá pelos ventos. Simultaneamente, o resfriamento, causado pelas perdas de radiação térmica para o espaço exterior, gera temperaturas estratosféricas inferiores a 80oC negativos e a presença de núvens polares, compostas de cristais de gelo, ácidos nítrico e sulfúrico, criam as condições para que o elemento químico cloro comece a destruir o ozônio cataliticamente. Todos esses fatores levam à diminuição de sua concentração e ao aparecimento do buraco ou anomalia. A situação só se reverte, ou seja, o buraco se fecha, em meados de outubro, com a ruptura do vórtice circumpolar, que permite que ar tropical, rico em O3, entre na atmosfera antártica, e com o ressurgimento do Sol (UV), terminando a noite polar e recomeçando as reações fotoquímicas.

Fendel: Ou seja, o buraco de ozônio existe, mas independe da ação humana. Então os Freons da vida, os ditos gases CFCs - clorofluorcarbonos não prejudicam a camada de ozônio. Esta sacanagem foi inventada apenas para favorecer porcos monopólios, que substituíram estes gases nos aparelhos de refrigeração, apenas para lucrarem mais?

     Molion:
Exatamente, CFC não só não interferem na camada, como também não conseguem nem chegar à região de formação do O3 ! Em 1929, S. Chapman propôs que a formação e a destruição do ozônio estratosférico ocorresse pela incidência de UV. Quanto mais ativo o Sol estiver, maior é o fluxo de UV.
Veja no gráfico anexo a variação da concentração de ozônio em Arosa, Suiça. Observa-se que, durante o período de grande atividade solar, entre 1940 e 1960, os valores de O3 eram altos e começaram a declinar à medida que o Sol começou a se dirigir para o novo mínimo que vai ocorrer entre 2020 e 2032 (ciclo solar de 90-100 anos). Esses fatos, ou seja, a menor produção de UV no mínimo solar e a dependência da formação do O3 da UV, já eram conhecidos desde a década de 1930 e a redução de O3 depois do máximo solar de 1957/58 já era prevista pelos cientistas. É obvio que depois de um máximo vem um mínimo. Então, os países desenvolvidos, e que dominam o comércio global, usaram esse conhecimento científico, que não é de domínio dos formuladores de políticas públicas, para explorar os países pobres, notadamente os tropicais, que precisam de refrigeração a baixo custo, eliminando os CFC. Esses são gases estáveis, não-tóxicos e não-corrosivos. O crime que eles cometeram é que se tornaram de domínio público e não pagavam mais direitos de propriedades, ou “royalties” . O oligopólio que detém as patentes dos substitutos dos CFC é composto pela Allied Chemical Corp (USA), Du Pont (Canadá), Imperial Chemical Ind (ICI, Inglaterra), Atochem (Grupo ELF, França) e Hoechst (Alemanha), todas elas pagam impostos sobre os lucros em seus países de origem. O quilo do CFC custava US$1,70 e hoje os substitutos podem custar mais de US$35,00 para o consumidor final. Como é que o “buraco” se fechava na primavera austral se a concentração dos CFC continuava a aumentar?
Fendel: Foi vc que chegou nessa conclusão? Tem mais gente desmascarando este crime? Quais as evidências?

     Molion: A hipótese surgiu na década de 1970 e me intrigava porque as moléculas de CFC são 5 a 7 vezes mais pesadas que o ar e os CFC precisariam ser levados até 40-50km de altitude na estratosfera, onde ocorre a reação de formação do ozônio.E as medições feitas pela NASA com aviões voando na baixa estratosfera não detectaram sequer uma moléculas de O3 nessa região. Como iriam chegar a 50Km de altitude? Em 1987, Mario Molina publicou um conjunto de 6 reações químicas que causavam a destruição do O3 pelo cloro liberado dos CFC. Eu, e outros cientistas estrangeiros, notamos que a quinta equação, que era crucial para a reação do cloro com O3, poderia não ocorrer por que ela iria por um caminho que exige mais energia e existiam outras duas possibilidades com níveis energéticos mais baixos. Como as reações naturais se processam sempre com níveis mais baixos de energia, essa quinta equação pareceu suspeita. Ela não poderia ser feita em laboratório já que é difícil de isolar a contribuição das impurezas. Durante a Conferência das Nações Unidas no Rio, a Eco 92, participei de um painel em que o apresentador era Mario Molina e eu era o debatedor. Depois de sua apresentação, eu mostrei os fatores físicos atmosféricos que impediriam os CFC atingirem 40-50km de altitude, as emissões dos vulcões e questionei a quinta equação . Molina ficou uma fera comigo e disse, dirigindo-se ao público, que me daria nota zero, que eu deveria voltar aos bancos escolares para aprender Química. Depois desse acontecimento, a verba que eu tinha do PNUMA/ONU para realizar experimentos na Amazônia foi cortada e eu passei 5 anos sem ser convidado para reuniões internacionais. Molina, por sua vez, juntamente com seu orientador Sherwood Rowland, viraram Premio Nobel de Química em 1995, devido a sua “grande contribuição científica” nessa área. Só agora, no final de 2007, é que foi publicado um artigo científico, elaborado por pesquisadores do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL), NASA, que mostraram experimentalmente que a quinta reação de Molina não ocorre na estratosfera polar e não seria a causa da destruição do O3. Precisei esperar 15 anos para ter a confirmação. Mas, Molina é Premio Nobel de Química, mesmo com a equação errada! Notou a coincidência com o aquecimento global antropogênico, assunto da entrevista anterior, em que Al Gore e o IPCC ganharam o Premio Nobel da Paz em 2007?

Fendel: Então a variação de ozônio é uma alteração completamente natural e cíclica. Quem é o responsável por essa variação?

     Molion: Como disse acima, para a formação de ozônio é necessária radiação ultravioleta (UV) do Sol. Na escala de décadas, portanto, a variação do O3 é determinada pela atividade solar. Quando o Sol está mais ativo, produz mais UV e a concentração de O3 aumenta na camada. Nos próximos 20 anos, o Sol vai estar menos ativo, no mínimo do ciclo de 90-100 anos, e a concentração de O3 vai atingir o menor valor em um século, embora os CFC já tenham sido eliminados há tempos. Veja no gráfico anexo a variação da concentração de ozônio em Arosa, Suiça. Observa-se que, durante o período de grande atividade solar, entre 1940 e 1960, os valores eram altos e começaram a declinar depois que o Sol passou de seu máximo em 1957/58. Variações nas emissões de aerossóis vulcânicos e de nuvens estratosféricas polares são responsáveis para variabilidade na escala interanual. Na erupção do vulcão Monte Pinatubo, em 1991, a camada de O3 sofreu 20% de redução e depois se recuperou. Mas, não são só os CFC os culpados. Parece existir outra causa antropogênica. Paul Crutzen, nascido na Holanda e radicado na Alemanha, também ganhou o Premio Nobel de Química em 1995, juntamente com Molina e Rowland, porque afirmou, sem comprovar nada, que o desmatamento e queimadas na Amazônia destruíam a camada de ozônio. Essa fumaçinha das queimadas vai alto! E aqui percebe-se a “preocupação ambiental” dos países desenvolvidos. Eliminam os CFC e tentam impedir queimadas na Amazônia para proteger a camada de ozônio. São muito altruístas, esses líderes dos países industrializados!

Fendel: O Ozônio na estratosfera é benéfico para reduzir a radiação ultra-violeta que atinge a superfície terrestre. Quais são as conseqüências de menos ozônio lá em cima?

     Molion: Não é que a camada de ozônio “filtre” a UV, como é dito nos livros. A afirmação correta é a UV é “consumida” na formação de O3. Enquanto houver oxigênio em nossa atmosfera, haverá uma camada de ozônio, variável em concentração. Os catastrofistas afirmam, sem base científica, apenas com modelos de transmissividade, que uma redução de 1% na concentração de O3 provoca um aumento de 2% na UV e isso aumentaria o número de casos de câncer de pele. Esse aumento de UV eventualmente eliminaria a vida na superfície terrestre.

Fendel: Já na superfície terrestre o ozônio é tido como prejudicial. No que ele é ruim?

     Molion: Ozônio é um gás de alto poder oxidante. Rinite, otite, amidalite, sinusite, bronquite e pneumonia são exemplos de doenças e reações alérgicas possivelmente causadas pelo O3, além do envelhecimento precoce dos tecidos dos pulmões. Quando inalado, ele vai para os pulmões e, sendo corrosivo, danifica os bronquíolos e os alvéolos, as bolsas de ar que são importantes para a troca de gases. A exposição repetida ao ozônio pode inflamar os tecidos dos pulmões e causar infecções respiratórias. A exposição ao ozônio pode agravar condições respiratórias preexistentes, como a asma e bronquites. Pode, ainda, causar dores no peito e tosse. As crianças pequenas e os idosos são mais suscetíveis aos altos níveis de ozônio. Além dos efeitos nos seres humanos, pode danificar plantas e árvores, atrofiando seu sistema radicular dentre outros. Altos níveis de ozônio, em princípio, danificam o crescimento vegetação e reduzem sua produtividade

Fendel: Pelo menos a estorinha de que NOx gera ozônio é verdadeira? Qual a densidade relativa do ozônio? Ele não sobe sozinho?

     Molion: Devido a seu alto poder oxidante, o O3 reage praticamente com todos outros gases. Nos ambientes poluídos por gases do escapamento dos veículos nas grandes cidades, o O3 reage com nitrogênio, de fato formando NOx que é nocivo à saúde. A Organização Mundial de Saúde adota o limite de 50 partes por bilhão por volume (ppbv) para o O3 ou seja, 100 microgramas por metro cúbico (para o O3, 1ppbv =2 microgramas por m3). Já, a Agência de Proteção Ambiental americana adota 75ppbv para um tempo de exposição de 8 horas. Grandes cidades, como S.Paulo e Belo Horizonte, especialmente no inverno e com pouca ventilação, podem apresentar concentrações superiores a 200 microgramas por m3. Na Floresta Amazônica, durante os experimentos de 1985 e 1987, medimos concentrações naturais de até 40 ppbv durante o dia, caindo para menos de 10 ppbv à noite. No período seco, agosto-setembro, durante as queimadas no Centro Oeste, já foram medidas concentrações superiores a 80 ppbv. Portanto, vê-se que não é só nas grandes cidades que o problema existe.

Fendel: Os mal falados e desprezados motores a combustão estão a cada dia mais limpos e mais eficientes. E, portanto, também geram menos NOx, aliás existem muitas técnicas para reduzir estas emissões. Uma delas é adicionar uréia antes do pós-catalisador, outra é injetar um pouco de água na câmara de combustão, ou seja, será que daqui a pouco os veículos não terão um tanque para coletar e armazenar urina, e assim reduzir as emissões de NOx?

     Molion: Voce tem toda razão. É possível reduzir as emissões de NOx. Gostaria de adicionar que o grande problema das cidades brasileiras não apenas é o O3 ou NOx e sim a qualidade do próprio combustível, particularmente o diesel. O padrão europeu é de 10 miligramas de enxofre por quilograma de diesel (10 ppm). Dr. Paulo Saldiva e sua equipe da Medicina da USP encontraram postos vendendo diesel com até 2.000 ppm, ou seja, 200 vezes o padrão europeu. O enxofre é emitido na forma de dióxido que se combina com a umidade atmosférica , formando aerossóis de ácido sulfúrico. E o homo urbanus respira esses aerossóis e mais o material particulado!

Fendel: Os fantásticos motores a combustão são criticados por todos os "eschpeschialischtasch" mundo afora, no entanto, continuam sendo a única opção racional de locomoção afora a eletricidade por fios em canaletas e trilhos. Vc é a favor dos trólebus? Com recuperação da energia de frenagem?

     Molion:
É importante reduzir a poluição urbana para que as pessoas tenham uma melhor qualidade de vida e longevidade. Sou a favor de uma boa rede de transporte público nas grandes cidades, uma boa rede de metro complementada com trólebus . Aqui no Brasil, funcionaria, porque a maior parte de nossa eletricidade provém de uma das formas mais limpas e mais ambientalmente amigáveis que existe, a hidreletricidade. Nessa forma, o “combustível” é água e o “fornecedor” é o ciclo hidrológico. Como não faltam água nos mares e calor do Sol, o ciclo hidrológico não vai acabar. Entretanto, para países como Inglaterra e Japão, em que predominam termelétrica e nuclear, o uso de veículos elétricos pode ser questionável energeticamente, já que a Termodinâmica garante que, na conversão de uma forma de energia para outra, há perdas de calor. A entropia do universo aumenta e os gases e material particulado seriam liberados, não nas cidades, mas em algum lugar, ou alguém, que não o urbano, correria o risco de contaminação nuclear.
Fendel: Vc já andou num veículo movido a óleo vegetal?

     Molion: A óleo vegetal puro, não! Mas, já andei em veículos movidos a “biodiesel”. Nos primeiros artigos que escrevi, datados de 1991, eu era fã do motor Elsbett, que queima óleo vegetal puro, e do biodiesel. Com o passar do tempo, ao me inteirar mais sobre o assunto, percebi que eu estava sendo enganado, que biodiesel é outra enganação, já que os motores do tipo diesel queimam óleo vegetal diretamente, sem precisar de processamentos complicados, como transesterificação e/ou craqueamento do óleo. Aliás, segundo a história, a primeira vez que Rudolf Diesel apresentou seu invento, na Feira de Paris em 1898, ele fez o motor funcionar a óleo de amendoim.

Fendel: Fale um pouco sobre o potencial das palmáceas olíferas dos trópicos, pois sei que vc andou estudando também este assunto.

     Molion: Meu interesse pelo óleo de palmáceas nativas surgiu na década de 1980 durante as pesquisas que estávamos realizando na Amazônia sobre a interação da floresta e a atmosfera, quantificando seus fluxos ou trocas de calor, umidade e gases, para entender melhor importância da floresta no clima global. Existem mais de 600 espécies de palmáceas conhecidas na Amazônia, mas notei que os buritizais (Mauritia) são imensos, alguns com áreas superiores a 10 mil hectares, e que não se falava de seu aproveitamento econômico. Fiquei sabendo, por meio de caboclos, que seus frutos eram fontes de óleo e a análise química revelou que esse óleo é quimicamente muito semelhante ao azeite de oliva. Por imagens de satélites, estimei que buritizais ocupem 20 milhões de hectares. No Centro-Oeste, encontra-se macaúba (Acrocomia), também rica em óleo e ocupando estimados 12 milhões de hectares. Dessas duas espécies, pode-se retirar cerca de 10% , em peso de fruto, de óleo, o que corresponde a até 5 toneladas de óleo por hectare. Potencialmente, teríamos 150 milhões de toneladas de óleo por ano, um bilhão de barris equivalente de petróleo por ano. E, acima de tudo, renovável! No Maranhão, estimados são 11 milhões de hectares de babaçuais (Orbignya) nativos . Essa palmácea produz menos óleo, 200 kg por hectare, óleo de qualidade superior, que pode ser utilizado para produção e cosméticos. Porém, não só para combustível poderiam ser utilizados. Semelhante ao petróleo, há uma infinidade de produtos que podem ser obtidos por meio da indústria oleoquímica, nylon e plásticos para citar alguns. E o Brasil poderia ser líder mundial nesse ramo. E a Amazônia é uma Arábia Saudita verde e renovável!

Fendel: Agradecendo mais esta oportunidade de jogar um pouco de luz nas crendices e sacanagens desumanas, solicito suas considerações finais:

     Molion: 
A destruição da camada de ozônio pelos CFC não passou de uma manobra neo-colonialista. No colonialismo tradicional, tropas militares são mantidas nas colônias para garantir a ordem. No neo-colonialismo, as nações são mantidas colônias por meio da tecnologia (royalties) e pelo sistema financeiro. Os CFC foram eliminados na década de 1990 e a concentração de O3 continua a diminuir e chegará aos menores valores no mínimo do ciclo solar de 90-100 anos que ocorrerá entre 2020 e 2032. Já começaram a dizer que os substitutos dos CFC, os HFC, também destroem o O3 e que serão necessários novos gases, os substitutos dos substitutos. Isso porque os HFC têm suas patentes vencendo nos próximos 5 anos e, é claro, os países industrializados não podem viver sem explorar os outros, já que eles não possuem nem recursos energéticos nem naturais . Vamos aguardar para ver a nova falcatrua que deverá surgir em breve. O ozônio voltará aos níveis máximos entre 2050 e 2060, quando ocorrer o novo máximo solar. E aí a “recuperação” da camada de ozônio será mérito dos substitutos dos substitutos, mas a desigualdade social será maior num mundo com uma camada de ozônio restabelecida.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Professor Molion disse a verdade e perdeu os financiamentos para pesquisas


Desde antes da Rio92, o Professor Molion denuncia a papagaiada dos CFCs, os ditos gases prejudiciais à camada de ozônio. O que está em jogo é encenação pura, é liturgia safada, é assalto abobalhante na cara de pau. Simplesmente impõe novos produtos, 35 vezes mais caros, e proibem os antigos. E não basta uma vez, tem de repetir o desfalque a cada 20 anos. E todas as vassalas nações, sob a tutela da corrupta onu, dançam conforme ordenam os maestros, tal qual e$$ano$$alatrina, com a normativa que segue abaixo em verde. E pior, assim que a atividade solar voltar aos níveis máximos, daqui a poucas décadas e a radiação fechar o dito buraco de ozônio, o crédito deste fenômeno cíclico e natural, será debitado ao assalto corporativo político. 
Resumo: O falastrão mexicano molina, que foi desmascarado pelo Prof. Molion em 92, ganhou o prêmio nobel em 95, condecoração distribuída aos puxa sacos obedientes à NOM - nova ordem mundial, como por exemplo kissinger e tantos outros vermes.
Já o Molion perdeu os financiamentos para pesquisas, bem como convites para eventos ditos "científicos".
Assim caminha a imbecil vacada torcedora ludopédica. O que interessa é ribalta e encenação.
Na mesma balada imbecil, vcs já se perguntaram com qual intenção foi criado o recente padrão de tomadas vigentes ne$$ano$$alatrina petraia?

Analogamente, criaram a "pegada carbônica", uma nova asneira que serve unicamente para criar novas negociatas, novos estelionatos, novas patentes, novos royalties, novos equipamentos, novas fábricas, novos impostos, como se os atuais quatro/quintos dos infernos não fossem suficientes. 
São insaciáveis.
Prá quem ainda não viu, ou quer rever; o anarfão lullla e sua aula sobre pului$$ão: (Fendel)


Sentimento de Justiça e Cidadania
“A busca da razão e a rejeição do tradicionalismo são tão brilhantemente evidentes que estão acima da necessidade de argumentar”
Assim disse Akbar o Grande, imperador mongol da Índia (1542-1605), conforme lemos no livro A ideia de justiça, de Amartya Sen (Companhia das Letras, 2011, p. 69), prêmio Nobel de Economia em 1998, natural de Bangladesh e docente de universidades da Índia e do Reino Unido.
A verdade é que o homem, se não questionar continuamente normas e costumes, estará renunciando à condição de ser inteligente, vivendo apenas conforme o instinto gregário do animal, feito ovelha que segue um pastor. O bom senso, baseado no critério da relatividade, deveria substituir o princípio da autoridade: não porque fulano disse, seja ele profeta, rei ou papa, que uma lei ou preceito moral deva ser considerado inquestionável, verdadeiro e útil para a sociedade, em qualquer tempo ou lugar.
            No livro citado acima encontramos um exemplo de pluralidade de razões, todas elas igualmente sustentáveis: três crianças, Anne, Bob e Carla, brigam pela posse de uma flauta. Anne quer o instrumento musical porque só ela o sabe tocar; Bob argumenta que, por ser pobre, não tem dinheiro para comprar o brinquedo; Carla julga que a flauta lhe pertence porque foi ela quem a construiu com o trabalho de suas mãos. Os três argumentos pretendem oferecer, cada qual, uma sustentação imparcial: reivindicação da felicidade individual; equidade econômica e justiça social; gozo do fruto do próprio trabalho por meritocracia.
            O que as três razões têm em comum é o egoísmo próprio da criança, insensível à necessidade e ao sofrimento de outra criança. Este instinto natural, que o ser humano tem em comum com animais e vegetais, deveria diminuir com o desenvolvimento intelectual do homem, especialmente quando chega à maturidade, ao tomar consciência de que a felicidade individual não pode se realizar fora de um contexto social.  O autointeresse e o terreno pantanoso da tradição deveriam ser substituídos pela busca constante da Justiça, que a mitologia grega representa pela figura de uma mulher majestosa, que segura uma “balança” para encontrar o equilíbrio entre os dois pratos, onde se encontra o justo (ison >isonomia), e uma “espada” que simboliza a força e o corte bem no meio das razões adversas.
            Somente o caminho da razão, que nos faz entender a justiça como equidade, nos pode levar à formação gradual de padrões de comportamento que visem a construção de uma cidadania de verdade, onde predomine o respeito mútuo. Trata-se, enfim, da busca de uma ética política, pois há uma dependência recíproca entre reformas institucionais e mudanças comportamentais. A justiça como equidade exige uma estrutura “contratualista”. A vivência em sociedade implica num contrato implícito entre o indivíduo, que aspira a sua felicidade e o Estado, que impõe leis para proteger os interesses da coletividade.
            A noção de direitos humanos baseia-se numa humanidade compartilhada. Nossa identificação com pessoas da mesma região, religião, etnia, partido político ou preferência sexual não pode nos cegar ao ponto de considerarmos outros seres humanos, que fazem escolhas diferentes, como inimigos a serem combatidos. É preciso ter consciência de que todo julgamento é relativo. Shakespeare, na peça “Vida e morte do rei João”, assim se exprime pela boca de um personagem:
“Enquanto eu for mendigo, direi que não existe outro pecado senão o de ser rico. E, quando eu for rico, direi que o único vício é a mendicância”.
Não é outra a filosofia de vida atualmente praticada pelos políticos profissionais:  quando candidatos, condenam corrupção, impunidade, injustiça social, privilégios, mas, depois de eleitos, no governo ou na oposição, locupletam-se com o dinheiro de nossos impostos. Um dia, quem sabe, a massa popular alcançará um nível cultural capaz de exigir justiça em lugar da caridade. Vamo-nos acostumar ao uso do voto consciente e responsável!

Salvatore D' Onofrio
Dr. pela USP e Professor Titular pela UNESP